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sexta-feira, 30 de julho de 2010

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Minha infância na roça.

Ai! Que saudades do lampião a querosene,Das tardes canoras do meu sertão.Dos passeios pelas roças de café,Vendo o sabia beliscando o mamão. O amanhecer na roça era gostoso de verAr puro, cheiro de relva, neblina na baixada,Gado bom de leite, a ordenha quente pra beber,O dia mal clareava eu ouvia o cantar da passarada. Á aurora se desfazia dando lugar ao sol quenteNo espigão um pé de ipê jazia florido e solene,O vovô e o papai saiam cedo, sempre contentes,Cultivam a mãe terra que nos dava o sustento. A mamãe lavava roupa na vasca de sovarA vovó compenetrada cuidava no fogão,A lenha bem sequinha, lingüiça de varal,Da horta a salada, nas panelas arroz e feijão. Dois caldeirões bem recheados e caféÁgua fresca, pão sovado e requeijão,Eu levava pro papai e o vovô lá no roçadoDe chapéu na mão agradeciam à refeição. Tiravam um cochilo no ranchinho de sapé,Para distrair assoviavam uma linda cançãoTrabalhavam duro, porem com satisfação,Fim do dia, dever cumprido e paz no coração. À noitinha já descansados e bem alimentados,Acomodavam-se num canto sobre duas cadeiras.Uma viola e um violão, e lindos ponteados,E a luz do lampião realçava seus cabelos prateados. Daqueles bons tempos ainda tenho saudadeHoje também sou feliz morando na cidadeMas guardo na lembrança o fogão a lenhaO vovô a vovó e o papai, minha mãe ainda vive,Junto dela nossos corações suspiram muitos ais, São de saudades daqueles tempos que não volta mais.

Jose Aparecido Botacini